domingo, 17 de junho de 2012

Passos Soltos


Foi-se o tempo em que eu era a Mortal protegida.
Foi-se o tempo em que eu esbanjava pares de asas ao meu redor.
Hoje o Dragão seguiu seu caminho solitário.
O mago já não compartilha suas amarguras, nem suas vitórias comigo....
E até o Changeling ser cujo qual foi dotado de amor, deixou-me sozinha, é claro que não posso culpa-lo por isso, ele se foi por meus próprios erros, talvez nem tão errados.
Minha vampira companheira estará sempre aqui, criei um laço de sangue com ela
Lutei contra certas paixões, e elas se concretizaram...
ELE uma vez me falou que eu me afastaria de meu guardião, eu disse que isso nunca iria acontecer... Mas ele venceu, hoje já não tenho mais forças para lutar, nem fé para prosseguir...
Eu costumava dizer que havia mais asas ao meu redor do que eu mera mortal era merecedora...
Hoje choro por não sentir nem mesmo uma pena flutuante.
Vejo quem me tornei, relembro das vezes que morri e voltei.
Sou apenas uma sombra de quem eu fui.. E todo o mal que estava guardado agora deturpa minha fé.
Eu acabo de chegar no ponto onde não há mais retorno...
A ponta do Iceberg, o fogo antes da queimadura, o trovão antes da luz.
Eu já me odiei por ficar olhando o fim da estrada esperando você voltar.... Esperando a vida inteira para alguém voltar.. Para um vislumbre me provar que não estou sozinha.
Eu um dia convidei um estranho a entrar, e fui tocada tão gentilmente que tive vontade de chorar.
Obiviamente, não é perigoso ter esperanças. Tendo esperanças em ninguém além de mim...
Caindo Fora... Perdendo a fé...
Eu sabia que deixaria alguém para baixo... Estando entre suas confidentes...
O quanto você confia em mim agora?!
Eu odeio o som de algumas vozes, porque elas ainda me assombram como fantasmas.
Mas eu sei que eu sou a culpada, porque eu nunca fui ninguém.
E eu não sou a causa, entorpecida... Eu sou como você... Porque eu sei que nunca vai mudar.
Eu corro rápido e para longe, porque eu nunca disse que era um anjo. 
Há uma explicação para tudo isso. EU SOU A CULPADA. 
Agora eu acabo de passar pelo ponto onde não há mais esquecimentos.
Hoje nem mesmo o Meu Dêmonio me guia.
Os passos na areia se apagam com a água e o vento... Eu caminho sozinha...
Caminhar... Esse andar lento porém determinado de alguem que vai a algum lugar.
Eu vou onde meus pés me levarem, sem guia, sem luz no fim da estrada e agora , também, sem a fé verdadeira.
Eu estou perto do fim agora e eu não quero ser salva...
Morrer não deve ser tão ruim, eu tenho medo é de chegar ao precipício.